A simplicidade, o prazer em lidar com a palavra, o amor pela poesia. As características da obra de Gilson Soares se conjugam e resultam em um texto até difícil de definir, dados os aspectos tão variados em que se manifestam. De fato, a leveza da linguagem, por um lado, se adequa muito bem à delicadeza de alguns temas, acabando por elevá-los, como se vê quando ele conta ao leitor que uma flor se abriu.
No extremo oposto, a poesia do autor contrasta aparentemente com a aridez de alguns temas, mas sua doçura instransigente acaba por domar de forma surpreendente qualquer fantasma, como se dá com a passagem inexorável do tempo.
Como diz Gilbert Chaudanne no prefácio, a poesia de Gilson é um amor contido. A contenção vem possivelmente dessa incansável busca pela simplicidade. E ao mesmo tempo em que busca o simples o poeta procura obsessivamente a palavra certa, aquela que com simplicidade atinja a profundidade desejada.
A reedição de Canção da meia-idade dá ao leitor a oportunidade de testemunhar um momento muito expressivo da carreira de um poeta perfeccionista. O livro esteve muito tempo esgotado e agora retorna trazendo consigo uma sucessão de diálogos intermináveis com diversas esferas, espalhados pelo tempo e pelo espaço.
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