Flores inventadas traz os poemas em verso de Andréia Delmaschio que deixaram o âmbito de seu blog e versões preliminares e ganham sua transposição para as páginas impressas.
Diante dessa percepção, a poeta realça (e esclarece) na própria linguagem comum e usual as anamorfoses, as invenções, as fabulações a que estamos expostos todo o tempo, dinâmica que torna impossível o acesso inequívoco à realidade, já que estamos imersos em diversas e muitas vezes irreversíveis representações discursivas.
Os nomes das flores, aparentemente “reais”, metaforizam na verdade ideias (ou efeitos de episódios relacionados à história da aclimatação de plantas, como “maria-sem-vergonha”, de origem austríaca, que se adapta facilmente a qualquer lugar e clima, o que levou as pessoas a denominarem-na misoginamente como uma “mulher fácil”. Ao recolher e inventar flores das flores dispersas no mundo, Andréia Delmaschio, “sob o som de uma voz / doce violenta”, propõe sua arena de versos, esse “infinito espelho d’áAgua”, e oferece-a aos nossos pés.
Acolhamos a oferenda. Acatemos a poesia. Apreciemos a invenção.
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